A decisão sobre usar um preservativo ou fixador no tecido dependerá muito do método de seccionamento e processamento que você usará, dos dados que você deseja coletar, da duração do armazenamento desejado, e da qualidade, idade e características inerentes ao tecido. Assim como para muitas técnicas experimentais, é necessário permitir tempo para otimizar o protocolo para seu tecido.

Etanol é um fixador muito bom, quando usado em várias proporções com água. Proporções que incluem menos que 50/50 etanol/água introduz a possibilidade de crescimento de patógeno no tecido. Essa é uma possibilidade, caso a porcentagem de etanol seja baixa, mesmo com armazenamento do tecido por curto período. No entanto, tais preparos são aceitáveis se o tecido for seccionado dentro de 7 dias; nesse caso, a refrigeração do tecido em um fixador é recomendada. Proporções maiores que 75% de etanol introduz o risco de tornar o tecido duro ou emborrachado, o que pode tornar muito difícil obter seções finas manualmente. Essa proporção é aceitável se o tecido for seccionado dentro de 2-4 semanas.

Como um álcool, o etanol tende a desidratar e contrair o tecido em um certo grau. Isso pode ser evitado por meio da adição de uma pequena quantidade de ácido acético glacial (~ 5% do volume total). O fixador vegetal clássico FAA (Ácido Acético:Álcool:Formaldeído, 5%:50%:10% + 35% de água) pode ser usado com sucesso. As vantagens incluem rápida penetração através do tecido, pelo formaldeído, possibilidades de armazenamento por longos períodos, e balanço entre contração/expansão do tecido pelo álcool e ácido. Ainda, o formaldeído é um fixador não coagulante que liga quimicamente os constituintes celulares, permitindo preservação da estrutura. Dentre as desvantagens inclui-se a toxicidade do formaldeído.

Para mais informações, pesquisadores são direcionados ao excelente texto de Steven E. Ruzin. (Plant Microtechnique and Microscopy, ISBN: 13 978-0-19-508956-1)

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